Saulo José
Desde que surgiu no Brasil, a televisão é alvo de elogios, críticas e apostas. Hoje, com 60 anos de existência, sua presença é indispensável para o registro de histórias, dos acontecimentos, de épocas diferentes e da concorrência entre diversos meios de comunicação.
Apesar de vários programas de auditórios, das produções em telenovelas e dos telejornais, a grade de programação não satisfaz todos os telespectadores. As mudanças em diferentes canais nem sempre são resultados de inovação e criatividade, pois, mesmo com os recursos e avanços tecnológicos, pouco se vê a contribuição na melhoria de conteúdo educativo.
O contraponto entre tecnologia e a insistência em manter o perfil de décadas passadas, com programas ultrapassados, reflete o tamanho do público que questiona e interfere na busca por qualidade. A maioria, em seu contexto de consumo e entretenimento, aceita de forma passiva o que é imposto por produtores e diretores não preocupados com o ''criar e inovar''.
''Domingo legal'', por exemplo, programa que passa aos domingos no SBT, prova o quanto os avanços tecnológicos não foram considerados positivamente pela direção do programa. A superficialidade e a falsa interação com os telespectadores, ainda mantém a audiência e torna, cada vez mais baixa, a qualidade da tv brasileira.
A culpa, portanto, é dada aos produtores e conhecedores de mídia ou ao desinteresse da população? Dispensar o comportamento pouco crítico da sociedade, não é a melhor escolha quando se quer entender as falhas e enganos propositais dos meios de comunicação.