segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Deslizamento no Rio de Janeiro deixa desabrigados:

Avaliação

Por Saulo José
saulo_jornalismo@hotmail.com

Trinta casas foram soterradas na tarde de hoje. O deslizamento ocorreu por volta das 17:00h em Taquara, no Rio de Janeiro. De acordo com o Subcomandante do Corpo de Bombeiros, Rafael Garcia, calcula-se que 150 pessoas foram atingidas e estão desabrigadas.  


Rafael também informou que 23 pessoas estão desaparecidas e 5 corpos já foram encontrados. O Corpo de Bombeiros disse também que ainda não há previsão de saída do local. Hoje é o terceiro dia seguido de chuvas no Rio. Segundo a Central de meteorologia, a chuva continua até quinta-feira.




Deslizamento mata pelo menos cinco pessoas no Rio de Janeiro

Por Camila Boff

Um deslizamento de terra no Morro da Mineira, periferia do Rio de Janeiro, soterrou 30 casas na tarde desta segunda-feira (13). A estimativa da defesa civil é que 150 pessoas tenham ficado desabrigadas.

Antonio Lacerda/EFE
 De acordo com o Corpo de Bombeiros, cinco corpos já foram localizados e 23 pessoas estão desaparecidas. A chuva, que começou há três dias, deve continuar, conforme os meteorologistas. (clique aqui para ouvir a previsão do tempo)

Assista ao vídeo do resgate:

sábado, 4 de dezembro de 2010

Novela informa?

Saulo José
A influência dos meios de comunicação sobre os telespectadores atribui os mais diversos aspectos e valores quanto à moda, cultura, costumes e consumo. As telenovelas, com grande produção no Brasil, fazem parte desse contexto de idéias e informações. Apesar das críticas, ainda é possível compreender o lado positivo que esse tipo de produção pode oferecer.
A novela, enquanto fonte de informação, não se limita apenas ao ''fútil e inútil''. Também não se restringe às roupas das personagens, às belas casas e ao luxo de vida mostrado frequentemente nos folhetins.


Ao tratar de temas polêmicos, ela consegue não só a audiência necessária como, de alguma forma, orientar e ensinar o cidadão. Quem não se lembra da jovem que enfrentava uma leucemia? Dos costumes e comportamentos indianos? De mulheres protestando pelos seus direitos? Do alcoolismo representado por diversos personagens? É claro que, nem sempre, se consegue abordar tão bem um tema complexo e atual.
Os assuntos que ficam na ''boca do povo'' são, em sua maioria, abordados na mídia, principalmente, nas novelas e telejornais. Por outro lado, entender um tema polêmico de uma trama não basta assistir, passivamente, todos os capítulos. Com novela, também é preciso interpretação, crítica e conhecimento da realidade.

Repetição, cansa!

Saulo José
saulo_jornalismo@hotmail.com

A ocupação do Complexo do Alemão pelas forças policiais e militares foi, na última semana, um prato cheio para toda a imprensa. A disputa entre os canais de televisão foi grande, acirrada e capaz de valorizar cada detalhe mostrado e falado como diferencial entre programas e emissoras. 
As equipes de reportagens, merecidamente ou não, foram ''aplaudidas'' pelos próprios apresentadores. O que não faltou foi jornalista elogiando colegas de trabalho. Durante a semana, Carlos Nascimento, apresentador do Jornal do SBT, fez elogios ao vivo para Mônica Puga, repórter do telejornal. Até aí, sem problemas!


O que cansou mesmo e, mais uma vez, foi a grande cobertura. Afinal, não se falava em outra coisa. Os acontecimentos entre policiais, comunidade, bandidos e traficantes não deu espaço nem para Dilma Rousseff. É impressionante como os meios de comunicação se apropriam das notícias, estendem a informação e mostram mais que dois lados da história.
O comportamento da mídia pode não ser um equívoco com o fato, mas cansa o telespectador. A cada edição, poucas novas informações são acrescentadas, fazendo do noticiário um episódio contínuo e repleto de personagens bons e ruíns. É preciso disposição para tanto ''repeteco''.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

A culpa é de quem?

Saulo José

Desde que surgiu no Brasil, a televisão é alvo de elogios, críticas e apostas. Hoje, com 60 anos de existência, sua presença é indispensável para o registro de histórias, dos acontecimentos, de épocas diferentes e da concorrência entre diversos meios de comunicação.
Apesar de vários programas de auditórios, das produções em telenovelas e dos telejornais, a grade de programação não satisfaz todos os telespectadores. As mudanças em diferentes canais nem sempre são resultados de inovação e criatividade, pois, mesmo com os recursos e avanços tecnológicos, pouco se vê a contribuição na melhoria de conteúdo educativo.


O contraponto entre tecnologia e a insistência em manter o perfil de décadas passadas, com programas ultrapassados, reflete o tamanho do público que questiona e interfere na busca por qualidade. A maioria, em seu contexto de consumo e entretenimento, aceita de forma passiva o que é imposto por produtores e diretores não preocupados com o ''criar e inovar''.
''Domingo legal'', por exemplo, programa que passa aos domingos no SBT, prova o quanto os avanços tecnológicos não foram considerados positivamente pela direção do programa. A superficialidade e a falsa interação com os telespectadores, ainda mantém a audiência e torna, cada vez mais baixa, a qualidade da tv brasileira.
A culpa, portanto, é dada aos produtores e conhecedores de mídia ou ao desinteresse da população? Dispensar o comportamento pouco crítico da sociedade, não é a melhor escolha quando se quer entender as falhas e enganos propositais dos meios de comunicação.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

O rescaldo

Por Camila Boff

Passada uma semana das eleições presidenciais já podemos destacar os últimos suspiros da cobertura eleitoral. Na segunda-feira o programa Roda Viva da TV Cultura convidou o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu para falar, aparentemente, do que seria o governo da petista Dilma Rousseff. No entanto a pauta desandou para cobranças e julgamentos do Mensalão do governo Lula.

Zé Dirceu deve ter ficado os últimos cinco anos esperando pela oportunidade de irritar jornalistas. E conseguiu – a comandante Marília Gabriela parecia uma criança contrariada. Fica a lição que políticos são, em sua maioria, inteligentes – para o bem ou para o mal. E jornalista não tem que querer aparecer com pergunta difícil.




A parte dois do rescaldo fica por conta da edição especial da revista Veja dedicada completamente à presidente eleita - vale ler o conteúdo especial online. Para quem conhece a linha editoral da revista, ficou a impressão de que terceirizaram uma equipe para escrever o suplemento: elogios em letras garrafais e desejo de “um bom começo” só para citar o editorial. Passado o mal estar da sai justa, a capa desta semana é dedicada ao filme Tropa de Elite 2, que por sinal veio bem a calhar – a pauta já caía de madura e evita ter que falar da vitória dos adversários.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A que ponto chegaram


Por Camila Boff

Quem precisou acompanhar os atos de campanha desta eleição torceu para esta segunda-feira chegar. Quem não tem obrigação profissional ou um grande envolvimento partidário já havia abandonado o barco há tempo. Tudo culpa do baixo nível que os dois lados alcançaram, com direito a lenha na fogueira por conta da imprensa.

Um dos atos foi protagonizado pela revista Veja, que se acha poderosa ao ponto de classificar o trabalho dos colegas: para ela o jornalismo da Globo é bom e o do SBT é mau. O que causou a categorização foram as reportagens das duas emissoras sobre o episódio do objeto voador não-identificado que atingiu a cabeça de José Serra em uma caminhada de campanha. A Globo recrutou o perito Ricardo Molina para analisar as imagens, em contraponto à reportagem do SBT. Aliás, esse deve ser o único profissional da área – analisa desde agressões a presidenciáveis até supostos extraterrestres. Na edição desta semana, a revista teve que publicar uma nota do SBT que explica o tratamento que emissora realmente deu ao fato – e que foi ignorada pelo periódico. 

O debate do segundo turno da Globo foi uma das tentativas que forçou um discurso superior na imprensa. O diálogo era com eleitores teoricamente indecisos (apesar de um deles ter aplaudido de pé José Serra e outro ser cientista político – se um especialista não consegue decidir, nós, leigos, estamos perdidos!). Isso obrigou Dilma e Serra a apresentarem suas propostas a partir das histórias de personagens reais.

No fim, a esperada segunda-feira ainda trouxe resquícios do baixo nível da campanha, tendo como exemplo maior o caso da paulista que queria afogar os nordestinos. Sinal de que todos, jornalistas, candidatos e eleitores se envolveram na batalha. Resta saber se a patrulha vai continuar. A acompanhar.